sábado, 8 de setembro de 2007

A MENTE TORPE DO HOMEM * de Marantbarfer

A Mente Torpe do Homem

As vezes, falta-me o respeito. Pior que isso, sobra-me a cretinice e indiscreto cortejo seus indeléveis seios. Sem nenhuma vergonha ou respeito, passeio calmo por suas belas auréolas avermelhadas e com a paz de um monge e os pecados de um malandro barato, de cabaré, beijo e acaricio esse fruto rubro.
Por outras, olho com olhos esticados suas coxas e pernas, imaginando as virilhas. Caminho ereto pelos teus campos, perdendo-me na esvoaçante seara.
Se posso, quem sabe, espicho o faro e sinto o perfume ácido de suas entranhas. Odor que emana de sob a astuta calcinha vermelha que usas e imagino trêmulo, o aroma leitoso e púbere de sua pele suada no momento do urro de prazer e dor, que sonho te proporcionar.
Depois disso, exausto, te olho com olhos esgotados, com o peito arfando e deito a face sobre teus pelos, trigais encantadoramente molhados.


E então, num repente, volto ao respeito. Me ajeito ao sofá e escondo o indiscreto volume que se insinua incomodamente, sem que percebas
Agora, com o olhar puro, satisfeito e respeitoso, eu, impuro e vulgar, te interrompo o inocente tricotar e com voz pausada inquiro...

- O que dizias? Onde estávamos mesmo..?" -

FIM

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