Alice de Brasilis *
Texto escrito para (amenizar a dor circunstancial de) Naza.
Era uma vez, uma menina lânguida e aplicada de nome Alice. Aquela mesmo, do País das Maravilhas, mais propriamente da capital Brasilis, de um certo país tupiniquim. Em seu inocente passeio matinal pela floresta que circundava o palácio, distraiu-se e acabou por adentrar em um pavoroso pântano e atolou as pernocas até os joelhos.
Acreditava ter necessidade lógica de penetrar naquele pântano negro de esgoto in natura, onde o senado, o legislativo, o judiciário e os skambaw largavam seus dejetos, excrementos podres populistas e elitistas sem dó nem piedade.
Mas Alicinha tinha algo de dignidade nas entranhas e quando ( que decepção) o horror luxuriento penetrou por suas botas de couro de jacaré da Indonésia, ela com agilidade felina saltou para trás e agarrou-se em um cipó poderoso e viril, saltando assim daquela maré braba para a salvação. Por muita sorte, um belo cavalheiro com dentes de ouro e também viril estava naquele exato momento passando bem por ali e a salvou, seu nome: Lord R. Jefferson. Feito isso, nem olhou mais para trás e partiu no cavalo lilás do bonitão e nunca mais deu bola para a podridão do pântano e seus swings.
E foi feliz para sempre, jantando naquelas mesas enormes em que mal se vê o outro, da outra ponta, em que o serviçal atende aos pedidos de bicicleta. Além disso deu exemplos de dignidade fazendo muito amor com preservativos da época para evitar a explosão demográfica e evitou até o fim ser fotografada pela Playboy, aliás ela detesta o Duran. Boa menina a Alicinha.
Quanto aos da lascívia, estão até hoje no maior bacanal. Danem-se pois (snif, inveja).
Enquanto o Rei Lulis mandou por aqui, as coisas não tiveram jeito. O cachaçal reinou direto, principalmente durante os churrascos depois das peladas reais e após os acertos das intermináveis falcatruas e infindaveis sacanagens que cercavam as arrumações das mamatas.
The End
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